DICAS DE TERRAPLENAGEM

Para começar e terminar bem uma construção, o nivelamento do terreno precisa respeitar a topografia da área e, sobretudo, as necessidades do projeto.

Na hora de escolher um terreno para construir a tão sonhada casa de campo, ou mesmo na cidade, dificilmente o proprietário pensa na movimentação de terra que o projeto vai demandar.

Mas a terraplenagem - nome técnico para essa etapa preliminar de uma obra - não passa despercebida apenas entre aqueles que não tem nenhuma afinidade com a engenharia ou a arquitetura. Por ser muito abrangente e variar demais, o serviço não e considerado no cálculo do valor unitário do metro quadrado pelos principais índices de construção do Brasil.

A chance de essa ausência resultar em estouro de orçamento é grande, uma vez que a movimentação de terra pode provocar custos altos e acarretar procedimentos posteriores onerosos, como muros de arrimo ou, então, fundações mais profundas em áreas de aterro. Sem falar no tratamento das pedras, que, se forem muito grandes, requerem implosão. Aliás, evitar a compra de terrenos muito pedregosos representa um conselho sábio para quem não quer e nem pode gastar mais que o estimado. Por esta razão, a primeira providência do construtor deve ser a de levar um arquiteto até o local escolhido.

Ciente das demandas do projeto e, sobretudo, das expectativas do futuro habitante do imóvel, o profissional pode fornecer a orientação ideal sobre o aproveitamento do espaço em relação à topografia existente. Nessa visita, já se pode avaliar, in loco, se a terraplenagem vai ser simples ou complexa.

Esse grau de dificuldade varia conforme o terreno, já que existem apenas dois tipos de movimentos: de corte e de aterro. No primeiro, o arquiteto recomenda que sejam feitas inclinações (taludes) com a terra, de maneira a dispensar o muro de arrimo. Já no aterro, o cuidado maior deve ser com o tamanho do nivelamento, que, se ficar muito alto, pode prejudicar as fundações. Em qualquer um dos casos, sempre que possível e recomendável fazer a compensação interna da área, ou seja, executar o processo sem que haja necessidade de levar ou de trazer terra.